sábado, junho 19, 2010

Tropecei mas não caí

Para ti, lu!

Porque te conheço há muitos anos, e depois deles todos gosto de ti como sempre.

Porque me lembro de brincarmos, de banhos no jardim, de tirar fotocópias e de nos rirmos até o meu pai achar que eramos malucos.

Porque me lembro das nossas noites, do que bebemos em conjunto, dos dramas, das choradeiras, do que fomos crescendo, dos amigos que foram passando, de eu sempre um passo atrás e tu a comandares.

Porque eu sabia que tu sabias daquilo que eu sabia e assim foi rápido, indolor, sem dramas e claro, regado com um belo shot a seguir.

Porque sempre estiveste perto, sempre chamaste por mim quando estavas mal e eu aprendi a chamar por ti quando eu estava em baixo.

Porque me acolhes, porque abres a porta de tua casa, porque me dás de dormir e eu te procuro e cada vez mais, porque tenho necessidade de partilhar contigo o que se passa comigo.

Porque gosto de te ouvir e de estar contigo. Porque és uma lufada de ar fresco, porque és dura nas tuas críticas em relação ao teu trabalho, porque nunca faltaste, porque foste sempre e eu gosto de o fazer para ti.

Porque tenho orgulho em ti! Muito! Pela mulher que eu vi transformar-se à minha frente, por essa beleza que foste deixando sair enquanto o teu cabelo caía, pela lutadora que te revelaste, pela maneira incrível com que lutaste pelo que querias, por o teres conseguido, por teres ido atrás de um sonho e isso se ter revelado a tua melhor opção.

Porque és única e és minha amiga, porque eu sinto-me um pouco perdido se não estou contigo, porque és simplesmente tu, queria dizer-te que te adoro, muito, e que és mesmo muito importante na minha vida.

Do teu amigo

João

quinta-feira, junho 17, 2010

Ana

É o nevoeiro, sabes.
E eu aqui fechado em casa
à espera que chegues todos os dias
sem saber se tu chegas todos os dias
à espera da chave na porta e tu a entrares
tu que vens de lá de fora todos os dias, do trabalho
vens do nevoeiro, do escuro, nem sei como
da chuva, de toda esta chuva que se ouve
E se
não sei
se tu não entrares
se tu um dia, imagina
um dia eu aqui à espera, aqui dentro
os barulhos lá fora
e tu não
e nunca mais.
Se desapareceres
se tu um dia
depois como é
como é que vai ser
o que é que eu posso
o que é que eu devo
o que é que eu faço se um dia tu não entrares?
É nisso que eu penso.
E as pessoas lá fora
Está alguém lá fora que passa o dia lá fora
alguém que quer falar contigo mas não te encontra
mas quando te encontrar
o que é que vai acontecer
o que é que vai acontecer quando te encontrar?
E eu aqui
e só quando entras é que eu
só quando te tenho aqui ao pé de mim
aí sentada
só então é que posso descansar.
Desculpa.
Tens razão, desculpa.
é só o nevoeiro, é só a noite, é só isso.
Estou cansado. Cansado de estar aqui dentro fechado
todos os dias
de não conseguir trabalhar
e de estar à tua espera todos os dias.
Devia sair
talvez se eu saísse
nem que fosse descer só à rua.
Se não tivesse tanto medo de me perder
se tivesse um sítio para onde
porque é muito difícil sair quando não tenho nenhum sítio
para onde ir
quando não tenho nada lá fora
não se vê nada
não se vê ninguém
e esta impressão.
Não sei.

José Maria Vieira Mendes

Wise up?

segunda-feira, junho 07, 2010

Este fim de semana

Foi das melhores viagens que fiz! E foi mesmo aqui ao lado!
Soube mesmo bem.