Tu vieste.
No fim daquele dia, quando finalmente fiquei sozinho, quando não tinha mais que ser forte para alguém, quando já não havia conversas complicadas, necessárias e chorosas a ter, quando depois do pijama me preparava para entrar na cama, e todo o dia desabou sobre mim com a força tempestiva de um rio ruim, tu dizeste-me para eu sair de casa.
Fui, liguei ao meu amigo, fomos beber os gins tónicos que tanto nos caracterizam, falamos com o à vontade que é tão nosso. Depois voltei para a cama e adormeci.
A meio da madrugada a campaínha tocou, fui lá embaixo abrir a porta e eras tu. Tinhas apanhado o comboio (um regional) atravessado o país e vieste ter comigo.
Não falamos, deitamo-nos na cama abraçados e adormecemos.
Ambos descansados, ambos mais felizes, os dois enamorados.
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