sexta-feira, abril 29, 2005

O Outro

Rosa.


Hoje o céu está mais azul,
Eu sinto
Fecho os olhos, mesmo assim
Eu sinto
O meu corpo estremecer
Não consigo adormecer

Ah, nem o tempo vai chegar
P'ra dizer o quanto eu sinto
Você longe de mim
É uma espécie de dor

Hoje o céu está mais azul
Eu sinto
Olho à volta mesmo assim
Eu sinto
Que este amor vai acabar
E a saudade vai voltar

Ah, nem o tempo vai chegar
P'ra dizer o quanto eu sinto
Você longe de mim
É uma espécie de dor

Já não sei o que esperar
Dessa vida fugidia
Não sei como explicar
Mas é mesmo assim o amor

Música: Rodrigo Leão, Ryuichi SakamotoLetra: Ana Carolina

quinta-feira, abril 28, 2005

Terras Frias

Cada vez mais gosto de Portugal...
Gosto do seu secretismo... Gosto do modo como as relaçoes sao silenciosas, como só na calma da casa é que se revelam os corpos. Como a sensualidade, é uma presença oculta, que se revela só quando é chamada ao ouviso. Gosto da maneira como ninguém se expoe, e da maneira fugaz com que se olham os olhos de estranhos, na tentativa de captar algum tipo de reacçao. Gosto de conversas sussuradas ao ouvido, gosto de maos traiçoeiras e deslizantes.
Mas acima de tudo gosto de Portugal!!!

A todos os Génios do Mundo

o meu genio não desaparece, apenas de vez enquando adormece, pois assim não se padece nem se aborrece com a vulgaridade daquilo que permanece igual ao que não amanhece!!!!

segunda-feira, abril 25, 2005

No Comments

Mar adentro, Mar adentro
y en la ingravidad del fondo
donde se cumplen los sueños
se juntan dos voluntades para cumplir un deseo
un beso enciende la vida
como un relámpago y un trueno
y en una metamorfosis
mi cuerpo ya no es mi cuerpo
es como penetrar en el centro del universo
el abrazo mas puril y el mas puro de los besos
hasta verlos reducidos en un último deseo
tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo sin palabras
mas adentro, mas adentro
hasta el mas allá del todo por la sangre y por los huesos
pero me despierto siempre y siempre quiero estar muerto para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos.

quinta-feira, abril 21, 2005

Ao Malandro

Ó pedaço de mim, ó metade afastada de mim
Leva o teu olhar, que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento, é pior do que se entrevar

Ó pedaço de mim, ó metade exilada de mim
Leva os teus sinais, que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco e evita atracar no cais

Ó pedaço de mim, ó metade arrancada de mim
Leva o vulto teu, que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu

Ó pedaço de mim, ó metade amputada de mim
Leva o que há de ti, que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada no membro que já perdi

Ó pedaço de mim, ó metade adorada de mim
Lava os olhos meus, que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo a mortalha do amor, adeus.

Até sempre Anjo

Acaso (Abel Silva / Ivan Lins)

Não sei se o acaso quis brincar
Ou foi a vida que escolheu
Por ironia fez cruzar
O meu caminho com o seu
Eu nem queria mais sofrer
A agonia da paixão
Nem tinha mais o que esquecer
Vivia em paz, na solidão
Mas foi te encontrar
E o futuro chegou como pressentimento
Meus olhos brilharam, brilharam, brilharam
No escuro da emoção
Não sei se o acaso quis brincar
Ou foi a vida que escolheu
Por ironia fez cruzar
O seu caminho com o meu

quarta-feira, abril 20, 2005

Ausência

I'm lost. I'm like a king without a throne. I'm lost. I'm like a dog without a bone. I'm wlaking around in circles doing things I should not do. That's how much I'm lost without you.

Who am I?

I'm just a fucked up guy looking for my own piece of mind!
(The eternal Sunshine of the spotless mind)

A queda

Olho para a minha mão e vejo-te desaparecer... De repente aquilo que tinha criado está a desvanecer. São as expectativas. São os sonhos. São bocados de ti que são arrancados. Não preciso de ti para viver, não preciso de ti para nada, mas apesar de tudo custa não te ver quando acordo.
Não faz mal!
Já sei como é.
Choro um bocado, a almofada como apoio, o calor da cama como subtituto do teu.
"Não temo. Venha o que vier, nada será que maior que a minha alma" Fernando Pessoa

O Nascimento

Assim espero começar uma pequena história.
Não sei quanto tempo vai durar, muitas vezes servirá para relembrar gente, outras tantas para me por a pensar, algumas para desabafar e de vez em quando para eu ter alguma coisa para fazer.
Tudo o que eu escrever aqui é para mim. Tem um significado próprio, que talvez só eu entenda, mas é meu...
Respirar fundo,
Abrir bem os olhos,
Sorrir e
Lançar-me no meu abismo