Aqui do Brasil, só me ocorre recorrer ao soneto deste grande mestre:
SONETO DO AMOR TOTAL
(Vinícius de Moraes)
Amo-te tanto, meu amor...não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te enfim, de um calmo amor presente,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e cada instante
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
1 comentário:
daqui, só me ocorre dizer que é bom poder ir lendo as tuas entrelinhas
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