segunda-feira, março 12, 2007

Meu Anjo

Tu vieste.
No fim daquele dia, quando finalmente fiquei sozinho, quando não tinha mais que ser forte para alguém, quando já não havia conversas complicadas, necessárias e chorosas a ter, quando depois do pijama me preparava para entrar na cama, e todo o dia desabou sobre mim com a força tempestiva de um rio ruim, tu dizeste-me para eu sair de casa.
Fui, liguei ao meu amigo, fomos beber os gins tónicos que tanto nos caracterizam, falamos com o à vontade que é tão nosso. Depois voltei para a cama e adormeci.
A meio da madrugada a campaínha tocou, fui lá embaixo abrir a porta e eras tu. Tinhas apanhado o comboio (um regional) atravessado o país e vieste ter comigo.
Não falamos, deitamo-nos na cama abraçados e adormecemos.
Ambos descansados, ambos mais felizes, os dois enamorados.

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