Durante algum tempo estive reticente em dedicar post individuais. Mas este não posso deixar passar em claro. Vai ser muito dificil conseguir classificar, explicar e mostrar alguém que não é suposto fazer, B.A. é suposto conhecer.
B.A. é força. Tem que ser. É dessa força escondida que arrebata num baque as tristes forças garridas que de manso lhe fazem frente.
B.A. é mansinho. Daquele manso irritante que num leve suspiro fraquinho muda muito num instante.
B.A. é surpresa. Daquelas surpresas repentinas, que alguém prepara sussurrante e que ao explodir de alegria, explode a terra que tem à frente.
B.A. é música. Daquela composta em violinos separados mas que quando tocado em conjunto tem um barulho estonteante.
B.A. é política. Daquela que existia antigamente, em que quem quer falar, fala; e quem cala, não consente.
B.A. é poesia. Daquela que não encaixa nunca, é feita tão de repente, num impulso tão veloz, que ao fim ao cabo se vê que é prosa o que está à nossa frente.
B.A. é certeza. Daquela que prevalece, daquela que seguramente actua, para além dos seus ideais, de acordo com os seus próprios interesses.
B.A. é Eça. Daquele Eça intemporal, que com palavras mordazes atacava seus inimigos, juntamente com o seu andar mortal.
B.A. é brilho. E brilho como o do B.A. só nas palavras de Sergio Godinho é que vale a pena ler: Um brilhozinho nos olhos
B.A. é fim. Daquele fim que não acaba, daquele que num sussurro a nossa voz pede: Recomeça depressa.
Fim
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